Guia essencial para compradores de casa pela 1ª vez

18 setembro 2019
Guia essencial para compradores de casa pela 1ª vez

Guia essencial para compradores de casa pela 1ª vez

Comprar casa é uma decisão que, acima de tudo, deve ser bem ponderada. Não se precipite, leve o tempo que precisar e adote uma estratégia financeira a pensar na forma como irá pagar a sua primeira casa, pois, se não estiver bem preparado, este encargo pode asfixiar as suas finanças nos anos que se seguem.

#1 – Timing para a compra de casa

Os preços das casas aumentam, caem e são influenciados por diversos fatores aliados à lei da oferta e da procura e ao próprio contexto económico. Escolher a melhor altura para comprar a primeira casa é algo que está intrinsecamente relacionado com os custos do crédito à habitação.

 

Tendo em conta que a EURIBOR se encontra (apesar de uma ligeira subida na sequência da atual pandemia) em terrenos negativos e que os bancos apresentam neste momento spreads bastante cpompetitivos, financiar uma habitação agora torna-se apelativo.

#2 – Fazer planos a longo prazo

Muito provavelmente, a primeira casa que comprar é para viver (e não para passar férias ou arrendar, por exemplo), mas será que pensou realmente no longo prazo? Coloque a hipótese de um dia mais tarde desejar vender a habitação. Se tal suceder, note que a localização terá um grande impacto não apenas no valor que irá ganhar com a venda, mas também com a facilidade em encontrar potenciais compradores.

Não obstante, note que os imóveis mais bem localizados pagam mais de IMI. Para ficar a par deste valor na zona onde pretende adquirir a primeira casa, consulte o coeficiente de localização do IMI junto das Finanças, que é uma das parcelas do cálculo do valor fiscal dos prédios.

Fatores como boas acessibilidades, proximidade de escolas, comércio, serviços públicos, transportes e construção em zonas de elevado valor de mercado imobiliário influenciam naturalmente esse valor.

Portanto, trata-se do custo de oportunidade entre escolher uma melhor localização e tirar possíveis proveitos disso no futuro ou pagar menos.

#3 – O tamanho importa

Uma mansão pode ser o lar dos seus sonhos, certo, mas quanto maior é a casa, maiores são os custos com a manutenção, aquecimento no inverno e ainda no que diz respeito aos impostos que lhe estão associados.

Quando confrontado com uma escolha entre habitações com preços semelhantes, em que uma delas é abençoada com mais uns metros quadrados, é tentador escolher a maior e, na maioria dos casos, essa é uma jogada inteligente. Porém, uma propriedade grande pode pesar no seu orçamento mensal e desequilibrar as suas despesas.

#4 – Comprar a primeira casa para arrendar será uma boa opção?

Se os seus planos passarem por eventualmente vir a arrendar a casa que comprou, o melhor é, no momento da pesquisa, elaborar um pequeno estudo de mercado sobre as zonas onde são mais procuradas casas para arrendar.

Pode sempre liquidar um segundo crédito à habitação com o montante que cobra no arrendamento da primeira casa, mas este tipo de empréstimo (para segunda propriedade) terá sempre condições diferentes do primeiro (normalmente o spread é mais elevado e o prazo de financiamento permitido mais curto).

#5 – Programas de apoio à habitação

Atualmente são mais os programas de incentivo ao arrendamento do que à compra de habitação, começando, nomeadamente, pelo Programa Porta 65, destinado a jovens até aos 35 anos de idade e com baixos rendimentos. Em termos processuais, é dada uma percentagem da renda aos candidatos aprovados, pelo período de 12 meses, renovável até atingir os 60 meses.

#6 – No financiamento, não facilite: compare ao máximo

O banco escolhido pela maioria das pessoas que compra casa é normalmente aquele com o qual têm relação há algum tempo (especialmente se for há muitos anos). Mas com tantos bancos em Portugal a disponibilizar crédito à habitação, pode poupar imenso dinheiro no pagamento de juros, de seguros e de comissões só por comparar diversas soluções do mercado e escolher a que é, na verdade, melhor para si.

Na hora de equiparar as diversas simulações, é preciso ter atenção a vários elementos: para além da TAEG e do montante total imputado, também há que contar com o spread e a prestação mensal. A oferta do mercado pode variar bastante.

#7 – Oscilações das taxas de juro

É impossível prever o futuro e, como tal, mesmo que neste momento a EURIBOR esteja em mínimos históricos, 20 ou 30 anos de um crédito à habitação é muito tempo para estar com conjeturas acerca de eventuais subidas ou descidas. A única forma de se precaver disto é escolher um empréstimo com taxa fixa – assim saberá sempre com o que conta.

Não obstante, quando a EURIBOR está em queda, também a sua prestação está, pelo que pagará menos pelo empréstimo da casa.

#8 – Construa um fundo de emergência

Porque é que isto é importante? Simples. Imagine que perde, de forma repentina, a sua fonte de rendimento principal (seja por uma situação de desemprego involuntário ou por outro motivo qualquer).

Para poder fazer face a esta alteração de circunstâncias nos primeiros tempos, é crucial ter dinheiro de parte para emergências e que idealmente dê para cobrir as prestações mensais do empréstimo da casa.

#9 – Dar de caras com a primeira casa: pondere arranjar uma agência

Pode fazer o trabalho todo sozinho e explorar por sua própria conta e risco, mas desfrutar da ajuda de uma agência pode aliviar muito do stress associado ao processo.

Um agente que trabalhe para si pode guiá-lo e aconselhá-lo em diversos aspetos fulcrais: localização, preço, estado do imóvel, que tipos de serviços estão próximos e previsões quanto à valorização da casa no futuro… O nosso conselho é encontrar alguém experiente e em quem possa confiar; peça referências a amigos e colegas.

#10 – Orçamento para custos adicionais

É fácil entrar em êxtase e deixar-se levar pelas naturais emoções de quem adquire a primeira casa.

Analise tudo cuidadosamente, aprenda o que puder e pondere todas as alternativas, principalmente no que toca ao crédito à habitação, pois vai ter de suportar este encargo durante muitos anos. Ter as ideias clarificadas e uma boa dose de paciência ajuda a tomar melhores decisões de compra e a beneficiar das mesmas no longo prazo.

Como é de esperar, pode estar demasiado concentrado no preço da propriedade e esquecer-se de outros custos relacionados com a compra da casa, tais como impostos e comissões associadas ao crédito à habitação.

Se já se encontra capaz de fazer um check em todas estas dicas, então está literalmente habilitado a comprar a sua primeira casa.

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